Frota de exploração oceânica da China zarpa rumo à vanguarda mundial
Por Liu Lingling, Diário do Povo
O Fórum de Tecnologias de Navios de Pesquisa Científica Oceânica 2017 teve lugar a 20 de outubro em Shanghai. De acordo com os dados mais recentes apurados no evento, a China encontra-se a projetar ou construir 10 embarcações de pesquisa marítima, ocupando a posição cimeira no mundo.
Wu Lixin, afiliado à Academia de Ciências da China, destaca os seguintes feitos na área: o navio “Xuelong 2”, construído de forma independente pela China para o envio em expedições às regiões polares; o navio “Dongfanghong 3”, projetado pela Universidade Oceânica da China, atualmente em construção; o navio de pesquisa científica de nova geração e o terceiro navio de perfuração ao cargo da Universidade Sun Yat-sen, atualmente em desenvolvimento. Todas estas embarcações em construção ou em fase de planejamento são representantes do aumento substancial do uso dos mais recentes avanços científicos aplicados à náutica.
O navio “Xuelong 2” deverá estar pronto a ser lançado ao mar em janeiro de 2019. Em comparação com o seu antecessor, o Xuelong 2 tem a capacidade de navegar no sentido da proa ou da ré, tendo equipamento quebra-gelo em ambas as direções. Em comparação com o modelo anterior, o navio Xuelong 2 tem uma capacidade de operação entre 2 a 3 meses mais extensa, por forma a capacitar o navio das novas tecnologias para fazer face às condições hostis nos dois polos terrestres. Prevê-se que à data do seu lançamento, o navio será o primeiro embarcação de gênero a explorar os polos sob as novas regras polares.
Além dos 2 navios de perfuração dos EUA e do Japão, o terceiro navaio chinês está em projeção, passando a contribuir com um mecanismo de deteção de sismos, o que se reflete na criação de uma nova plataforma de investigação científica e num contributo contundente para realizar o sonho humano de exploração do manto terrestre.
O diretor da divisão de tecnologia da Administração Oceânica da China, Qu Tanzhou, afirmou que o país, enquanto parte do conjunto de nações com aptidão de exploração oceânica, tem uma frota total de 50 navios para o efeito. A presença da China, frisa, não se afirma apenas pelos números, dado que a sua performance no setor abre as comportas de acesso à vanguarda mundial.